segunda-feira, 1 de agosto de 2011

QUEDAS PRECOCES

Não é raro o caso de jovens muito inteligentes que se perdem em vícios, drogas, álcool, o que for; jovens que podem até mesmo chegar perto ou concretizar o suicídio. São aqueles adolescentes que, com excelente lógica e raciocínio, começam a perceber os absurdos que existem no mundo, e que acabam se distanciando também de qualquer religiosidade, ao saber das atrocidades cometidas em nome de Deus, ao perceber a hipocrisia de determinados religiosos e a falta de lógica de ensinamentos baseados no deslumbramento e na cegueira. Estes mesmos jovens são ensinados que “intuição” é bobagem, que o que existe é no máximo o “instinto”, e que isso na verdade é algo animal, que para o humano já não serve. Dessa forma, esses jovens recusam aceitar o ilógico Deus de barba branca numa nuvem a vigiar e punir. E ao mesmo tempo esses jovens têm os impulsos do coração abafados pela sociedade “racional”, a qual as palavras “fria e calculista” definem melhor. Sonhos de “mudar o mundo” logo aparecem nessa fase da adolescência. Mas a maioria dos sonhos também não são bem-vindos na atual realidade. Exacerbamos a inteligência e atrofiamos o coração. Nossa época ainda abriga reações destrutivas de pais quanto aos filhos que querem ser músicos, atores, artistas, dançarinos, etc, qualquer coisa que fuja do convencional, ou do que faz dinheiro. Se o jovem se adaptar à dura realidade tudo bem: “e aquele garoto que ia mudar o mundo agora assiste a tudo em cima do muro” como Cazuza diria. Mas se a inconformação ficar, é preciso de uma válvula de escape. Aí é que muitas vezes entra aquele prazer que logo pode virar um vício, anestesiando a percepção, num suposto afastamento da dor, por uma felicidade temporária, que necessita de doses cada vez maiores e mais frequentes. Porém alguns ainda conseguem acordar do entorpecimento do “prazer” a tempo de evitar a tragédia, o fim de uma vida que deveria ser uma verdadeira obra de arte nas mãos de tão inteligentes artistas. Despertam e passam a fazer bom uso, tanto da sua inteligência quanto da sua percepção do que há de ruim e do que há de bom também. Aqui está um deles que acordou a tempo, e seu clipe contando um pouco da sua própria experiência, numa música entitulada “a vida não vai esperar (por você)” (depois procurem a letra, vale a pena):